quinta-feira, 12 de julho de 2007

LEIS GESTALTISTAS DA ORGANIZAÇÃO

A Teoria da Gestalt, em suas análises estruturais, descobriu certas leis que regem a percepção humana das formas, facilitando a compreensão das imagens e idéias. Essas leis são nada menos que conclusões sobre o comportamento natural do cérebro, quando age no processo de percepção. Os elementos constitutivos são agrupados de acordo com as características que possuem entre si, como:


SEMELHANÇA - define que os objetos similares tendem a se agrupar; pode acontecer na cor dos objetos, na textura e na sensação de massa dos elementos. O mau uso da semelhança pode dificultar a percepção visual.
Na imagem: os circulos brancos e pretos parecem se agrupar, mesmo que a distância entre as fileiras sejam iguais.




PROXIMIDADE - os elementos são agrupados de acordo com a distância a que se encontram uns dos outros. Logicamente, elementos que estão mais perto de outros numa região tendem a ser percebidos como um grupo.
Na imagem: há quatro grupos, sendo que os três grupos da direita ainda podem ser agrupados entre si, distinguido-se do grupo da esquerda.


BOA CONTINUIDADE - relacionada à coincidência de direções, ou alinhamento; se vários elementos de um quadro apontam para o mesmo canto, logicamente facilita a compreensão; o conceito de boa continuidade está ligado ao alinhamento, pois dois elementos alinhados passam a impressão de estarem relacionados.
PREGNÂNCIA - todas as formas tendem a ser percebidas em seu caráter mais simples: uma espada e um escudo podem tornar-se uma reta e um círculo; é o princípio da simplificação natural da percepção. Quanto mais simples, mais facilmente é assimilada.
CLAUSURA - ou “fechamento”, a boa forma se completa, se fecha sobre si mesma (fechamento visual); quando o desenho do elemento sugere alguma extensão lógica, como um arco de quase 360º sugere um círculo.
Na imagem: Nossos cérebros adicionam componentes que faltam para interpretar uma figura parcial como um todo.


EXPERIÊNCIA PASSADA - certas formas só podem ser compreendidas se já a conhecermos, ou se tivermos consciência prévia de sua existência. Da mesma forma, a experiência passada favorece a compreensão metonímica: se já tivermos visto a forma inteira de um elemento, ao visualizarmos somente uma parte dele reproduziremos esta forma inteira na memória.

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