quinta-feira, 12 de julho de 2007

CONTEXTUALIZAÇÃO...

Victor Vassarely foi um grande precursor da Op Art. Segundo ele, em plena idade da mecanização e industrialização, a pintura não pode mais continuar sendo feita com a mesma técnica milenar dos pintores das cavernas pré-históricas. Para se tornar expressão autêntica dos nossos tempos, que se caracterizam pela velocidade e multiplicidade, a pintura deve ser produzida mecanicamente em série, consumida em massa e exprimir o dinamismo da vida moderna. Dentro dessa ordem de idéias, criou a plástica cinética que se funda em pesquisas e experiências dos fenômenos de percepção ótica. Sendo assim, a óptica e a psicologia da percepção serviram de apoio à op art, mostrando a clara relação entre arte e ciência.
A Op Art, com suas pinturas voluptuosas, brincam com nossas percepções ópticas. As cores são usadas para a criação de efeitos visuais como sobreposição, movimento e interação entre o fundo e o foco principal. Os tons vibrantes, círculos concêntricos e formas que parecem pulsar são as características mais marcantes deste estilo artístico.
Por ser pouco difundida e estar imersa em um grande caldeirão de influências, que vão desde o surrealismo à arte moderna, a Op Art não é considerada um movimento genuíno dentro das artes visuais, sendo reconhecida mais como uma vertente de outras linhas artísticas, como por exemplo a Kinetik Art (Arte Cinética). O limite entre a Kinetic Art e a Op Art é bastante tênue, o que gera confusão entre estes estilos.
A diferença básica entre ambos é que na Kinetic Art, os processos ópticos são baseados na percepção do movimento real ou aparente da obra, que pode ser plana, bi ou tridimensional, enquanto que, na Op Art, há apenas movimentos virtuais, utilizando-se objetos planos e formas geométricas. Os padrões mais rígidos fazem com que o apuro nas formas e o estudo detalhado dos fenômenos ópticos sejam os principais enfoques da Op Art.
Em 1965, foi organizada a primeira exposição de Op Art. A mostra foi chamada "The Responsive Eye" (O Olho que Responde), no Museu de Arte Moderna de Nova York. O período posterior à exposição não foi dos melhores para a Op Art, que quase caiu no esquecimento. Em parte, esse distanciamento surgiu devido à concorrência com a Pop Art, que tomava conta de praticamente todo o cenário artístico mundial, deixando pouco espaço para as demais expressões artísticas.
O advento do computador, no entanto, trouxe um novo fôlego à Op Art. As cores metálicas, as formas praticamente matemática e a organização rigorosa dos elementos têm tudo a ver com a "sociedade cibernética" (cibernética - ciência do controlo e da comunicação no animal e na máquina).

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